Disciplina: Colonialidade do Pensamento Urbano

Disciplina: Colonialidade do Pensamento Urbano

PLANEJAMENTO TERRITORIAL CONTRA-HEGEMÔNICO, TEORIAS E PRÁTICAS DESCOLONIZADORAS

Período: agosto a dezembro 2021, às sextas-feiras, das 10h às 12h. 

DURAÇÃO: 15 semanas 

DOCENTE RESPONSÁVEL no PPGAU: Fernanda Sánchez

DEMAIS DOCENTES RESPONSÁVEIS (IFES e IEEs e internacionais): Javier Ghibaudi (PPGE-UFF), Raquel Rolnik, Paula Santoro (FAU-USP), Cibele Rizek (IAU-USP), Ana Fernandes (FAUFBA), Carlos Vainer, Pedro Novais, Regis Coli, Renato Emerson Santos (IPPUR-UFRJ), José Ricardo Farias, Simone Polli (UFPR e UTFPR), Agustin Lao-Montes (University of Massachusets-EUA), Ariel Garcia (CEUR-CONICET-Argentina), Stavros Stavridis (Architecture – Atenas – Grécia).   

PROGRAMA

EMENTA:

O percurso da disciplina obedece à seguinte sequencia: (i) inicia-se com uma leitura sobre os conceitos de colonialidade e descolonização no pensamento social; ii) colonialidade e descolonização do pensamento sobre o território, a geografia, a natureza; (iii) o giro descolonial latino-americano; iv) questões étnico raciais e o pensamento e prática sobre a cidade; iv) abordagens de gênero, interseccionais no pensamento e prática sobre a cidade; iv) circulação dos produtos culturais e formas de representação da cidade; v) contradições e limites da participação social na teoria e na prática do planejamento territorial; (vi) conceitos contra-hegemônicos de planejamento territorial: contribuições do feminismo, da luta antirracista e  do planejamento em contexto de conflitos; (vii)  apresentação e análise crítica de algumas das experiências de planejamento contra hegemônico; (viii) a questão da representação: ferramentas e metodologias cartográficas contra-hegemônicas e sua contextualização no campo dos ativismos digitais.

OBJETIVOS:

– Realizar uma avaliação crítica das concepções hegemônicas do planejamento territorial, a partir de uma leitura descolonizadora da ciência, do urbanismo e da geografia;

– Rever e discutir parte da ampla literatura sobre a colonialidade do saber e do poder, destacando a construção da questão racial e de gênero;

– Rever a teoria urbana, especialmente os clássicos do urbanismo a partir da crítica decolonial;

– Apresentar os conceitos e as práticas de planejamento territorial contra-hegemônicos no Brasil e outros países do mundo. Refletir sobre as potências, limites e desafios para sua aplicação prática, assim como sua contribuição para a revisão da teoria urbana;

– Debater a ciência, as técnicas e metodologias de planejamento, inclusive no que se refere aos mecanismos e tecnologias de participação.

JUSTIFICATIVA E PERTINÊNCIA EM RELAÇÃO À ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E LINHA(S) DE PESQUISA:

Para a História Ocidental, as sociedades, povos e territórios colonizados, a partir da expansão europeia do século XVI, passaram a ser concebidos, projetados, desenhados e construídos, material e simbolicamente, com base em noções, conceitos e categorias mobilizados para construir a hegemonia branca, patriarcal e capitalista, de forma a justificar mecanismos permanentes de extração de renda e controle político e social.  

A rica produção que toma como foco a crítica à colonialidade do saber e do poder que fundamenta estes imaginários constitui, hoje, inspiração fundamental para repensar as cidades, assim como as práticas comprometidas com sua transformação em vastas porções do mundo. 

A colonialidade, mais que o colonialismo propriamente dito, está fundada não apenas na conquista e no controle dos territórios, mas na colonização do imaginário. É o imaginário urbano que configura, hoje, a colonialidade do pensamento sobre a cidade, do urbanismo e do planejamento urbano.  No entanto, é necessário reconhecer e registrar as práticas contra-hegemônicas que foram e estão sendo experimentadas: planejamento abolicionista, insurgente, conflitual são alguns dos conceitos mobilizados para definir estas práticas.

A disciplina procura introduzir o debate crítico acerca do planejamento territorial no âmbito das discussões acerca de teorias e práticas urbanas decoloniais, incorporando conceitos e formas de ação que hoje estão se configurando, ainda que experimentalmente, no Brasil e no mundo. Estas práticas, para além da redefinição de seus protagonistas e atores, também problematizam o próprio paradigma de cidade que orientou os esforços de transformação urbanística nos países da periferia do capitalismo.

O curso tem por objetivo buscar na rica literatura sobre a colonialidade do saber e do poder elementos teóricos, conceituais e históricos que fundamentem a crítica do pensamento e das políticas urbanas/territoriais (universais) dominantes. Trata-se, também, com base nessa crítica, de pensar as condições de descolonialização do pensamento urbano, explorando as possibilidades de imaginar novas cidades e territórios a partir da crítica teórica e das lutas que se desenvolvem nas cidades dos países periféricos da periferia do capitalismo.

A disciplina trata em última análise dos entrelaçamentos entre planejamento, conflito e espaço e se propõe a questionar os limites e potencialidades do planejamento territorial em dirimir desigualdades urbanas e enfrentar coalizões urbanas dominantes. Propõe-se, portanto, a debater em que medida experiências disruptivas de planejamento recente conformam uma prática crítica contra interesses hegemônicos em cidades do Brasil e do mundo. 

O curso se baseia na ideia de que há uma potência emancipatória na articulação de planejadores com as lutas por cidades, sobretudo num contexto em que, em pleno século XXI, temos assistido no Brasil e no mundo a expansão de políticas urbanas voltadas a promover e acolher um excedente de capital financeiro, garantindo sua remuneração, em detrimento das necessidades da população. Estas políticas têm provocado um aumento de remoções e despejos de populações vulneráveis, implicando na violação de direitos inscritos em marcos legais e institucionais internacionais.

Em meio a um ambiente onde é muito desigual a correlação de forças em disputa pelo território das cidades, têm emergido experiências de planejamento que acenam para um protagonismo de movimentos, coletivos e ativistas articulados a profissionais de diversas formações disciplinares. Se por um lado, essas experiências revelam poucas e frágeis conquistas, por outro, elas acenam para importantes sinais de resistência de grupos subalternos, em especial, em cidades na periferia do capitalismo; conferindo novos ares ao debate sócio-politico e acadêmico, questionando a própria linguagem e os modelos de cidade presentes nas práticas de planejamento e fortalecendo a luta por cidades mais justas.

O curso incluirá exercícios de experimentação em cartografia social, com mapeamentos coletivos, co-criados a partir da interação entre alunos, ativistas, movimentos sociais e coletivos (que serão identificados e convidados a participar ao longo do processo da disciplina). 

Esta disciplina é resultado da cooperação entre vários programas de pós-graduação de diferentes universidades, que atuarão como professores colaboradores em suas diferentes versões. No segundo semestre de 2021 contaremos com professores do IPPUR, USP, UFF, UFPR e UFBA. 

CONTEÚDO:

Módulo 1. Colonialidade e Descolonização no pensamento social

Sessão 1 – Palestra de abertura : Prof. Agustin Lao Montes:  Colonialidade e Modernidade 

Sessão 2 – O debate internacional sobre a descolonização  – Prof. Régis e Vainer

Módulo 2. Colonialidade e descolonização do pensamento sobre o território,região, a geografia, a natureza 

Aula 3 – O pensamento sobre o espaço:  território X região –  Prof. Vainer e Prof. Renato 

Aula 4 – Da natureza colonizada às lutas em defesa do território-corpo-terra – Fabrina?

Módulo 3. Modelos e formas de representação da cidade  e territórios

Aula 5 – Circulação dos produtos culturais – Profa. Fernanda e Prof. Pedro

Aula 6 – A relação com o outro: a cidade irregular – Profa. Raquel e Profa. Ana

Módulo 4. O  giro descolonial latinoamericano

Aula 7 – Bem viver, pluriverso e outras territorialidades – Raquel e Ana 

Módulo 5. Raça, Gênero : marcadores nas representações e projetos de cidade 

Aula 8 – Questões étnico raciais e o pensamento e prática sobre a cidade –  Prof. Renato

Aula 9 – Cidades afrodiaspóricas – Prof. Agustin e Prof. Renato

Aula 10 – O planejamento urbano patriarcal e sua crítica – Profa. Paula 

Aula 11 – Urbanismo interseccional, solidariedades e cuidado – Paula, Raquel e Ana

Módulo 6. Experiências de planejamento contra-hegemônico

Aula 12 – Experiências de planejamento urbano em contexto de conflitos – Profa. Simone e profa. Fernanda  

Aula 13 – Experiências de auto gestão territorial – Vainer e Javier

Aula 14 – Ativismos cartográficos: possibilidades e desafios da produção cartográfica contra hegemônica – Prof. José Ricardo e Profa. Fernanda 

Aula 15 –Palestra de fechamento – Prof Stavros Stavrides:  Insurgências e comuns urbanos. 

 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Os estudantes serão avaliados a partir de sua participação em aula, incluindo as leituras obrigatórias, a apresentação de casos, e por meio do engajamento com a produção de um paper final, refletindo sobre uma experiência concreta de planejamento.  

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